terça-feira, 7 de setembro de 2010

ENTRE-LINHAS

Brenda Lee Johnson X Olivia Benson

Na semana passada, assisti um dos mais cômicos episódios de The Closer. Foi aquele capítulo em que o tenente Provenza é designado para ser um matador profissional a fim de desmascarar a mulher que o contrata para matar o marido. As provas do crime são guardadas no Civic de Provenza que é roubado por dois jovens malandros. Daí se desenvolve uma série de trapalhadas. E fiquei pensando comigo, que é uma série que gosto de assistir, apesar da desestabilização de uma forma de representação de mulheres no gênero policial.
The closer, criação de James Duff, é produzido em 2005, e tem como protagonista a chefe Brenda Lee Johnson, que é a mais bem mais acabada representação dessa nova representação de mulher: uma excelente profissional, mas que fora do trabalho, transparece insegura, insatisfeita, emocionalmente cheia de altos e baixos. Além da bela caracterização da personagem, as variações de seu humor ou intenções se refletem nas nuances de sua voz. Quase infantil e atemorizada ao lidar com os pais, afetuosa ao pedir auxílio ao amigo e futuro marido, forte no comando de sua equipe e sinuosa nos interrogatórios com os suspeitos. Fisicamente frágil, sua indumentária habitual é o vestido ou saia com o blazer por cima. O uso dos sapatos de salto alto, e seu traje trazem, muitas vezes, dificuldades para a investigação. Viciada em doces e chocolate quando frustrada, ela se priva do prazer por proibição própria. E apesar de ter uma relação estável com o condescendente marido, suas mudanças de emoções e humor permanecem. Dão o atual toque de “feminilidade” nas representações de mulheres do século XXI. Tão diferente de Olívia Benson ou Cathy Willow.

Um comentário:

  1. Apesar de não conhecer o filme, parece-me ser mais um que a mulher é caricaturada. É incrível como a representação de mulher continua bem distante do real nos filmes norte-americanos, as "dondocas" não saem do salto em nome da "feminilidade". Esse vou tentar assistir o mais rápido possível, mas desde já, parabéns pela inciativa do blog.

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