sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Entre linhas: Será que PAN AM é tão boa?


Apesar da atriz principal chamar a minha atenção, achei que a série deveria ser mais uma bobagem como várias outras atuais que gostam de colocar um "cabresto" nas mulheres, seja em suas idéias, seja através de seu corpo/comportamento. Ou então são comédias que tratam de assuntos tão bobos que fico me perguntando porque perco tempo ainda tentando assisti-las.
Mas procurando uma notícia sobre Pan Am (2011), encontrei este site Apaixonados por séries que me deu um novo olhar ao comentar um episódio. Vou verificar se a serie vale a pena como pensa Bianca ou eu estava certa.
Eis o site e a matéria:

http://www.apaixonadosporseries.com.br/series/dia-de-combate-a-violencia-contra-a-mulher-assedio-sexual-em-pan-am/

Dia de combate à violência contra a mulher: assédio sexual em Pan Am
Escrito por Bianca em 25 de novembro de 2011 | 1 comentário
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Em um dos episódios de Pan Am, a comissária de bordo Maggie passa por uma situação constrangedora (para dizer o mínimo) com um dos passageiros da companhia aérea. A descrição da cena eu retirei da review do Caio (que pode ser lida na íntegra aqui):
“Christina Ricci recebeu um pouco mais de atenção nesse episódio, mas a série ainda mantém Maggie no escuro e espero que isso seja por um motivo. O fato é que não se mexe com Maggie Ryan. Cedo ou tarde a série teria que mostrar um plot com um passageiro dando em cima de uma aeromoça de forma mais agressiva. E escolheu a pior. A comissária de bordo é forte e sabe se impor. Maggie é uma leoa indomável e Christina Ricci sabe passar isso. Aliás, a cena em que ela espeta o garfo no passageiro foi uma das minhas preferidas. “I am not included in the price of your ticket”, disse Maggie. E não posso mentir, amo ver Ricci em cena e qualquer momento dela consegue chamar atenção. Ela tem presença. Mas foi com essa pequena parte que Pan Am trabalhou rapidamente com algo importante.
A companhia diz que as aeromoças estão lá para servi-los como bem quiserem. Elas devem sorrir, ter menos de 32 anos, um peso ideal – outra cena que Ricci brilhou, ao confrontar a mulher da checagem das aeromoças –. Elas precisam ser perfeitas. E Maggie sabe fazer isso. Mas com certos passageiros, passa-se uma imagem errada. Ele era homem, dono das mulheres, dono de si, cliente que pagou pelo serviço. O abuso está claro, mas claro para quem? Reportar o acidente que foi apenas em defesa de sua própria integridade, custaria o emprego de Maggie. Então o co-piloto Ted precisou usar a verdade dos negócios:o cliente tem sempre razão. Com isso, ele estragou a amizade de Maggie. A verdade é: Pan Am mostra as mulheres ganhando espaço, mas nunca da forma mais fácil.”
Hoje, dia internacional do combate à violência contra a mulher, percebemos que nem tudo mudou dos anos 1960 para cá. Mas primeiro, preciso esclarecer um conceito: a violência contra a mulher não é somente a violência física, como os casos em que maridos espancam as esposas ou estupro (tratei desse tema no ano passado). A violência também se dá em humilhar as mulheres somente por serem mulheres. No caso de Pan Am, por achar que, como as comissárias têm que passar a imagem de “perfeitas”, se possa fazer o que bem entender com elas, esquecendo que elas são seres humanos e merecem respeito.
Infelizmente, o que aconteceu com a Maggie continua acontecendo com milhares de mulheres em todo o mundo, sendo algo até comum de se ver em profissões em que é preciso lidar com o público. Por terem que lidar com clientes homens (por “clientes” entenda qualquer um que vá contratar o seu serviço, como acontece em agências de publicidade, por exemplo), ainda tem muitas mulheres que se submetem ao abuso de poder e autoridade para não perder aquele trabalho fantástico que é bom para a empresa. A maioria não chega a se transformar em uma prostituta, mas tolera charminhos, insinuações e outros tipos de assédios somente para não se indispôr com o cliente.
O elenco principal de Pan Am
Embora muitos pensem que isso faz parte do trabalho, saibam que não faz. Prestadores de serviço têm que ser educados e respeitar o cliente e o mesmo tem que ser feito da parte dele. Qualquer avanço não solicitado é considerado assédio (moral ou sexual) e a mulher pode e deve se defender e denunciar.
Casos mais recentes e com maior divulgação da imprensa e que mostram o quanto o pensamento do passageiro do avião permanece até hoje foram as denúncias de assédio sexual nos metrôs de São Paulo. Com qual direito os homens acham que têm para “encoxarem” e passarem a mão nas passageiras do metrô, que só querem ir ou voltar para a casa/trabalho sem serem incomodadas? É o mesmo tipo de direito e abuso que o cliente do exemplo acima acha que tem para com a funcionária: só porque é uma mulher que está ali, acha que ela tem o dever de servi-lo como ele bem entender. Isso é violência contra a mulher.
Voltando a Pan Am, a atitude do Ted não foi nada louvável e, de novo, engana-se quem pensa que isto ficou no passado. “O cliente sempre tem razão” às custas da integridade de uma mulher, que se irritou com as cantadas baratas ou investidas do mesmo, é mais frequente do que a gente imagina. Dizem que não vale a pena denunciar ou se estressar por ter sido “elogiada”, mesmo quando você não gostou do tal do “elogio” e ele passou dos limites do que você considera respeito.
Por estas razões, a atitude da Maggie é extremamente admirável. O nosso mundo é um pouco mais justo do que o dela, mas ainda estamos conquistando o nosso espaço e também não é da forma mais fácil. Nós (como humanidade) precisamos denunciar quando abusos acontecem no ambiente de trabalho e familiar, precisamos nos impôr e intervir quando presenciarmos cenas de assédio no transporte (em casa, na rua…), precisamos aprender e ensinar que a nossa liberdade termina onde começa a do outro e temos que respeitar as pessoas como seres humanos. Que não é certo um homem passar a mão em uma mulher só porque ela está de roupa curta ou só porque é uma mulher sozinha (ou seja, sem um homem/namorado por perto para bater no assediador). Que a roupa curta ou mulher bêbada não é um convite para o estupro. Que precisamos defender a nossa integridade e denunciar quando sofremos abuso, que não podemos nos esconder e nos humilhar somente para o “bem da empresa” (que, convenhamos, não vai pensar duas vezes antes de te demitir em uma fase de corte de custos).
E não podemos esquecer que, embora as mulheres já tenham conquistado muitos direitos, ainda temos um longo caminho para a igualdade de gêneros.
Este post faz parte da blogagem coletiva do fim da violência contra a mulher. Participem!

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Em cena; A temporada final de The Closer



Até agora é certo que a série The closer termina com a sétima temporada, já iniciada ontem pelo canal Space. A temporada constou de apenas 10 episódios, deixando a trama, assim como começou em aberto. Produzida inicialmente naqueles confusos primeiros cinco anos de 2000, quando já se mostrava uma nova representação de mulher, muito próxima as mulheres de 30 de Sexy and the city e que fez o cancelamento de várias séries policiais que tinham como personagem principal mulheres.No entanto, apesar de Brenda Lee(como seu papai a chama) ou subchefe Johnson (como é designada pelo pessoal da polícia e pela sua equipe)ser um misto de mulherzinha instável e uma força e inteligencia invejável para resolver os casos policiais em que se envolve, o roteiro é muito bem feito e a atriz conseguiu construir, apesar de todos os toques e tiques, uma bela personagem.

domingo, 13 de novembro de 2011

Comentário a esmo (II)





Simplesmente, não consigo entender como as novelas atuais "involuíram" depois de se chegar ao ponto de produzir Dancing days de 1978. Novela velhinha? Mas mesmo assim, atualíssima. Mas estamos produzindo novelões, assim como o país que mais produz séries está dando enfase a comédias e sit-coms sem sentido, idealizadas ou então funcionando como lavagem do cérebro para famílias harmoniosas, mulheres felizes em seus papéis de mães. Nem mais dramas(?) policiais investigativos estão fora dessa fúria de incutir que tudo se resolve com e na familia.
Em breve, pessoas que passaram dos 49 anos podem aguentar assistir canis abertos ou fechados!
Ando indignada com o menosprezo a uma grande população que tem como alternativa ficar assistindo tv à noite ou em parte do final de semana. (Salva-se ainda a Universal, sem propaganda)

Comentários a esmo (I)

Porque não consigo assistir as novelas atuais e vai acontecer o mesmo com as séries norte-americanas

Assistindo, ontem, a um documentário sobre o desenvolvimento da Rede Globo e do seu diretor e dono Roberto Marinho, foram apresentadas cenas das primeiras novelas da década de setenta e oitenta e percebi como eram diferentes as novelas daquela época das de hoje e só me deu certeza de que a Globo, seguindo a Tupi e a Excelsior, tinham as temáticas que abriram veios muito avançados, de questionamento e sérios, bem diferente do momento atual quando as temáticas estão a reboque do cotidiano e de inserções (às vezes equivocadas)didáticas. Novelas como Irmãos coragem, Selva de pedra e para mim a mais inovadora Dancing Days (1978), de Gilberto Braga. Os temas mostravam a realidade e ia mais adiante. Como se podia criar uma personagem principal como uma menina de classe média rebelde e marginal (usava drogas, mãe solteira aos 15 anos) e que após passar 10 ou mais anos na prisão, voltava a viver e conseguia tornar-se o centro das atenções de uma sociedade abastada?
Vivia-se naquela época, podia-se ir à fundo nos problemas das classes e mostrar os defeitos. Em Dancing days não havia heroína nem personagens perfeitos, não havia gente do bem ou do mau, todos eram imperfeitos e tentavam seu lugar ao sol.
Schumacher, diretor norte-americano, em uma entrevista afirma que criar estórias com pessoas perfeitas é muito chato. Concordo.
Ainda bem que não só vivenciei este momento e depois não agüentei mais as “novelitas” que vieram nos anos noventa.
Da mesma forma, as séries norte-americanas foram vivas e sérias nos anos noventa, mas agora, provavelmente pela derrocada econômica da maioria de sua audiência, as comédias sem sentido ou que focam famílias (adoráveis e idealizadas) têm mais audiência do que series dramáticas.
Falarei sobre isso, em breve.

sábado, 5 de novembro de 2011

Uma mulher perfeita para Gibbs! NCIS episódio 905

Creio que a "febre" de inserir os personagens principais e solteiros dentro de uma "familia" ou de um casamento chegou também a NCIS e sua equipe (que são mais jovens mas todos solteiros) querem arranjar um par para Gibbs.
O episódio é medíocre e o subtema que deveria ser o recheio do sanduíche e ser muito bom, leve e risível, é pior ainda. Procuram pela agenda de uma chefe, uma namorada para Gibbs e enquanto procuram descobrir a real identidade dos fugitivos que estão em um navio, a procura da mulher perfeita vai sendo realizada na internet. Chegam a uma mulher perfeita e quando vão falar com Gibbs, ele já a conhece e acha que a perfeição é chata. Daí a oficial quanto Ziva perguntam se ele é solitário. A resposta é não; e para Ziva, ele acrescenta que pais que têm filhos nunca são solitários. Na realidade, para ele sua equipe são como seus filhos, na medida em que se despede de Ziva assim: Até, filha!!!
Ainda bem que não vai entrar a família em NCIS. Espero!!!

América
Estarei fora por uma semana. Daí, nenhuma postagem.

terça-feira, 1 de novembro de 2011

Entre linhas: Against the wall II

América

Enfim consegui ir até o episódio final da série, criada por Annie Brunner para a temporada de 2011. Como quase todas as séries que tenho assistido do canal Lifetime, esta série mistura familia e amizade em todos os temas que desenvolve. Parece que este é seu foco. Trazer à tona a relação familiar, dando lugar a amizade e cumplicidade entre pais e filhos. Não aparece nunca uma familia desorganizada, com problemas. Utilizando-se de um esquema já aprovado no ano anterior, com a série Blue Bloods (2010, criada por Mitchel l Burguess e Robin Green), ambas têm em comum a investigação policial e as personagens mais focalizadas são as mulheres/filhas da familia de policiais que se destacam uma como promotora outra como detetive de Assuntos internos. E se os irmãos são policiais de rua ou mesmo da SWAT, são elas que traçam a trajetória familiar e seus próprios caminhos. Em tempos menos amenos (econômicos, onde a perda de empregos e de casas se tornaram leit motiv na sociedade e nas narrativas) como o atual, dois fatos começam a me incomodar: a introdução da família em séries de investigação (embora esse vírus tenha tomado conta de todas, mesmo as antigas como CSI, NCIS e Criminal minds) e nessas duas citadas abertamente familiar, numa idealização de familia como estrutura indestrutível e as protagonistas mulheres que começam a ter sucesso no emprego, mas estão às voltas com o afetivo, mesmo quando dizem que não querem compromisso. Em Against the wall, Abby Kowalski , a personagem princial declara esta intenção, embora pule de uma cama para outra, não se decidindo qual dos dois pretendentes ela queira.Um fato a mais é que sua parceira (uma latina, casada com um negro) está no quarto filho! Mas o interessante ainda é que excluindo o irmão casado (ela tem mais três) nada se fala das suas conquistas ou relações afetivas. O que isso quer dizer? Só a mulher se interessa em relações estáveis? E eles, passaram agora a ser assexuados?

Enfim, elas chegaram.. aos poucos

As novas temporadas das séries começaram a apontar. Warner (para quem gosta de comédias) Universal (chegam SVU, The good wife, House) AXN (a minha preferida) e CSI na Sony. Não esquecer do canal Space co suas ´series.

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