quarta-feira, 1 de setembro de 2010

ENTRE-LINHAS: um comentário sobre as atuais séries policiais

Estamos vendo na telinha uma mudança radical na caracterização das personagens femininas das séries policiais. Depois de Jordan, movida pela curiosidade e pela emoção, chegamos ao mais perfeito exemplar em The closer, a chefe Brenda Johnson.
Mas eu ainda prefiro as séries iniciadas nos anos noventa e que baseavam as ações em duplas, em parcerias.
Tratando-se de parceiros de trabalho, o desenvolvimento da ação de Lei & Ordem: Unidade de Vítimas Especiais (1999) envolve o trabalho em duplas, sendo a mais importante da série, Olívia Benson e Eliot Stabler, quase acompanhando o mesmo formato de parcerias de Nova York contra o crime. Apenas, a ação está centrada em uma delegacia que investiga casos de abuso sexual, estupro e assassinato de fundo sexual. Mais cerebral, a série traz, nas três parcerias que constituem o elenco fixo, a diversidade de gênero, etnia, religião, de estado civil, atitudes e comportamentos, sendo que a parceria principal se constitui de personagens que atuam com comportamentos opostos: enquanto ocorre a aproximação e a interação de Olívia com as vítimas, há a revolta, que chega, às vezes, até o descontrole emocional, do impetuoso Eliot que projeta e transfere as ações do agressor em um potencial ataque a sua família. Nessa dupla que atua em sintonia perfeita, um complementando a atuação do outro, não há desigualdades nem superioridade de um sobre o outro, não se encontra desigualdade nas relações de gênero.
América

Um comentário:

  1. América:
    É bem pertinente sua análise sobre as parcerias, um exemplo de centralização na personagem masculina apresenta-se na série CSI MIAMI - Horatio (David Caruso ).Ele realiza todas as ações gerando incluise uma monotonia para quem assiste.Vamos acompanhar as demais séries para observar qual modelo se estabelece.
    Abraços,
    Aura

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