quarta-feira, 21 de abril de 2010

No intervalo


ARCO-ÍRIS
Quem assiste e gosta, verdadeiramente, das séries televisivas as observam nos mínimos detalhes.Percebemos que tudo apresentado não está de forma descontextualizada. No episódio de Castle - apresentado hoje 21/4/2010 - podemos verificar a relevância do figurino. A detetive Kate Beckett, sempre vestindo blusas e calças apresentadas em cores ditas sóbrias – marrom e preta –padrão de um pseudo uniforme– altera sua forma de vestir para poder ter acesso a um ambiente diferente do seu trabalho:um cassino em Chinatown. Um vestido preto com um top vermelho é usado para que a policial se torne uma personagem:acompanhante.Com a caracterização a policial não é barrada. O ingresso é realizado e a ação de salvamento desenvolvida.
Será que o hábito ainda faz o monge?
Aura

Em cena: Olivia: mãe?


Olivia Benson já tentou ser mãe, em outros momentos da série. Em uma ocasião, ela foi recusada para adoção, por causa do seu trabalho. Mas no episódio que foi ao ar nesta última terça-feira, 20/04/2010, um fato faz pensar: ela se envolve com uma das vítimas do assassino de prostitutas - uma jovem que está grávida; e o episódio termina com a entrega de um documento de um advogado da jovem,no qual ela dá a guarda de sua filha que nasce prematura a Olivia. A detetive ficará com a menina (além de prematura, a médica informa que terá muitos problemas, por causa disso)? (India)

terça-feira, 13 de abril de 2010

No intervalo


O episódio desta segunda-feira, 12 de abril, evidencia a personagem Emily Prentiss (Paget Brewster) que, no depoimento de uma fã, em um blog, estava ficando muito em segundo plano, tendo seu potencial pouco explorado. No episódio, que começa já a partir da prisão de criminoso, ela fica responsável pelo transporte deste junto com um outro agente e, no caminho, há um acidente provocado por um possível parceiro do preso. Emily tem uma atuação que ratifica seu perfil: uma mulher forte, decidida e inteligente. Mesmo ferida, ela sai do carro, tentando atingir os fugitivos, atirando e mesmo no hospital para onde é levada, depois do acidente, ela insiste em continuar no caso, tendo, inclusive, participação fundamental na solução do problema. O suposto parceiro era, na verdade, um policial, que estava sendo chantageado pelo criminoso, que havia sequestrado sua esposa e filhos. O bandido é preso, mas a equipe precisa encontrar a família do policial e Emily será muito importante, nessa busca. Ela mata o criminoso e o policial desespera-se, porque somente ele sabe onde estão sua esposa e filhos. Mas a equipe descobre e o episódio tem um final positivo.(India)

No intervalo

Castle é uma série que está fazendo sucesso. Embora seja do gênero investigativo, ela segue a leva nova que mistura bom humor com investigação de crimes. No episódio da semana passada o tema foi operação plásticas. Na realidade, aparece uma crítica a essas intervenções, como nos apresenta a senhora que tem o rosto já deformado mas insiste em fazer mais algumas operações. A estória secundária trata do primeiro baile da filha do escritor e como ele deve atemorizar o menino, seguindo a tradição. A cena é uma caricatura do terror que deve infundir o pai no futuro potencial namorado da filha, mas é a intervenção das duas mulheres (a filha e a mãe) que intervêm e tudo se torna normal. Interessante registrar de um lado, a obsessão pela juventude da mulher, por outro, a desconstrução da tradicional cena de ritual de passagem da adolescente – seu primeiro baile. (America)

terça-feira, 6 de abril de 2010

No intervalo

As séries policiais investigativas, produzidas a partir de 2005, como Life (cancelada na segunda temporada) The mentalist e a atual Castle embaralham gêneros. Continua a linha investigativa, mas a comédia, o humor se avoluma. Por outro lado, retorna a figura do protagonista masculino e é ele que detém o poder e o foco. Ele é um sedutor, carismático, colocando suas "parceiras" (que são sempre dos quadros da polícia)acompanhando suas peripécias. Tal configuração está adequada ao contexto financeiro e também à representação da mulher depois de Sex and the city? (América)

ENTRE-LINHAS

De citações e de olhares sobre a narrativa

Vou comentar hoje dois episódios de duas séries investigativas, que se opõem como o crime é tratado. NCIS sempre enfocando o humor entre os componentes da equipe, sempre remete a situações que lembram filmes (citados explicitamente por Tony, principalmente) Criminal minds não tem nada de hilário e os últimos episódios estão cada vez mais sombrios. No entanto, o seqüestro e a morte da mulher de Hotchner tornou-se em um espetáculo de narrativa. A trama poderia levar a um episódio melodrático, mas a escolha de narrar pelos depoimentos dos componente da equipe, livrou o capítulo de cenas emocionais demais, embora o escuro, o sombrio da atmosfera próprios do ritmo da série tenham sido preservados. A contensão de emoções, a tensão não deixou cair no melodrama.
Vontando a NCIS o episódio (Power down) é delicioso pois o mundo em que a equipe vive inundado de tecnologia fica inoperante por falta de energia. Assim, os componentes jovens que vivem movidos a baterias e energia (rádios, ipods, computadores e telefones sem fio) comentam entre si a dificuldade de se fazer uma investigação. No entanto, tanto o chefe Gibbs, o legista Dr Mallard e a nerd dark Abby conseguem adaptar-se à falta de suas ferramentas tecnológicas e procedem a suas investigações. O risível fica com Gibbs que começa a retirar aparelhos obsoletos de sua maleta, aparelhos que ele operava antes dos anos noventa. E Abby consegue mostrar como sua personagem é inteligente, versátil e vive entre os vários nichos culturais. E passamos a assistir uma investigação à moda antiga, com pouca tecnologia e muito mais raciocínio e dedução. Lembrou-me os policiais investigativos das décadas de oitenta, noventa. Delicioso humour. Ao fim e ao cabo, quando volta a energia e a equipe cai no delírio, Gibbs desliga seu computador. (América)

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