domingo, 1 de abril de 2012

Comentários: Prime suspect




Os canais da tv paga brasileira estão loucos. Ao querer acertar a programação daqui, que não conseguem, estão atrasando demais os episódios das séries. Não se sabe mais quais as séries de verão ( de 12 e 13 episódios) e quais as séries longas (fall season). Muitas séries iniciadas em setembro, outubro de 2011 estão na fila, esperando... Começarão em maio? Quando o ano daqui será respeitado? Quando as operadoras vão respeitar os telespectadores, que não "obedecem" a sociedade de consumo, que transforma o lazer (em viagens obrigatórias, basta um final de semana mais prolongado)?
Vocês perceberam que os canais começaram em novembro e em janeiro começaram a reprisar os episódios já visto e só enfiaram os novos episódios depois de uma semana depois do término do carnaval.
Assim, as séries estão emboladas. Uma série como The protector vem passando dois episódios por semana, The firm que já está no meio nos EE.UU começa agora. Harriet's Law nem pensa em começar a segunda temporada, Unforgatable está ocupando dois espaços nobres! E Prime suspect, a terceira série que tem como protagonista uma mulher nem existe propaganda.
Não é que ela seja excepcional, mas escrita por uma mulher (Alexandra Cunningham) delinea a protagonista Jane Timoney muito bem. Uma mulher inteligente, esperta, de atitudes fortes, raciocínio brilhante, transforma para o bem ou para o mal um departamento de homicídios de New York, totalmente integrado por homens. Os casos são bons, são sérios e aparece bem delineada a hostilidade entre Jane e um dos detetives.
Diz a Wikepedia que a série é baseada na homônima, desenvolvida na Inglaterra, nos anos noventa, precisamente de 1991 a 2006, com a excelente Helen Mirren. Mas não é verdade, pode até ser inspirada, porém passa longe da britânica. Adaptada aos Estados Unidos, ela não traz a força da guerra nas relações de gênero, nem toca nos pontos ou temas tocados antes (aborto, namoro interracial, e a protagonista não é a chefe do departamento). Maria Bello, mulher esguia e figura delicada aparece como a personagem ideal para representar a mulher independente.
Eve

Um comentário:

  1. Não me parece que os canais estão muito preocupados em respeitar o telespectador. Querem fazer engolir de qualquer jeito, qualquer coisa. Até sem dar muito tempo de a gente se pensar sobre isso. Veja como as coisas são atropeladas. E há ainda a generalização, porque, para boa parte dos brasileiros, o ano só começa mesmo depois do carnaval. Aqueles que não estão nesse número tem que se organizar a partir disso.

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