sábado, 15 de dezembro de 2012

Elementar, caro Watson !

A safra de seriados deste ano, a longa temporada, na tv paga brasileira está bastante fraca. Anda faltando criatividade, a volta a criações do século XIX, já remodelados é a tônica deste ano. As séries das tvs abertas voltam-se para a comédia leve (levíssima) e as tramas não trazem críticas, mas se transformam em focar os amores jovens e suas possíveis (e comportadas) rebeldias diante da sociedade. Quanto às séries mais séries, são desastrosas, exceto aquelas que são remanescentes dos anos 2000 . Mas mesmo a série CSI, como mesmo avisaram, virou pessoal. Isto quer dizer que cada caso tem a ver com uma pessoa da equipe. Por que isso? Das novas, o caso da série ELEMENTARY (Sherlock e Watson) é uma adaptação deplorável. Primeiro, o conservadorismo está tão grande que Watson virou uma mulher (mostra que não há possibilidade de se falar em homossexualismo). Sherlock virou um excêntrico drogado, que vive escutando as variadas chamadas da polícia! Note-se que o ópio e heroína que eram usados no século XIX, passam agora a ser o grande foco de condenação, daí a existência de uma médica acompanhante! A família (que era secundária) passa a ser o grande pano de fundo e o pobre Sherlock tem um comportamento completamente maluco. Não há como encontrar uma relação entre a criação de Conan Doyle e este atual. Não seria mais interessante apenas fazer uma referência de que o seriado tem inspiração no grande observador detetive do século XIX? Com tantas formas de pesquisa do criminoso, com tantos csis e detetives, a cidade de Nova York ainda precisaria de um Sherlock? PS Estava buscando uma imagem para o comentário quando me deparei com uma crítica que vale colocar nesta página.

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