domingo, 25 de março de 2012

Em cena: Mais uma vez, o adeus a Cathy Willow

Poucas vezes em um seriado, vi tanto respeito aos personagens principais que saem de cena. E nesse caso se encontra CSI (Las Vegas). Os roteiristas preparam a saída do personagem com muito cuidado, como aconteceu com Warrick. O assassinato dele estava relacionado a uma investigação da polícia. Usaram dois episódios, o último de uma temporada e o primeiro (sem sua presença) da seguinte. Agora, foi a vez de Catherine Willow. Saindo no meio da temporada, houve tempo para construir um enredo que durou mais ou menos 3 episódios , completando sua atuação na série. (Comentarei depois os episódios 1211 e 1212). Vivendo por doze anos a mesma personagem, ela, a mãe solteira que tinha uma filha de sete anos, agora uma moça na universidade e fora de casa, Willow sente-se só e apesar de algumas tentativas de namoro, pelo seu perfil e temperamento nenhum dá certo. Convidada (grande saída) para trabalhar no FBI, devido ao caso que investigou e desvendou, ela aceita.
Esta é a estorinha. Mas creio que CSI vinha perdendo força, com a saída de alguns personagens e nem mesmo a volta de Sara Sidle, que sem a presença de Grisson, não tem mais chance de ter diálogos profundos. No caso de Cathy, tornando-se chefe com a saída de Grissom, os roteiros não a impuseram como chefe e retiraram dela a sua especialidade na trajetória de sangue na cena do crime. Nem vou falar que na visão machista dos CSIs, apenas um homem pode comandar e não foi por acaso que um médico iniciante tomou todas as cenas por duas temporadas. Agora, o par, Cathy e Russell estavam se dando bem, formando um bom par de investigação. E por que tiraram Willow? As marcas da maturidade já estavam bem visíveis, quase não havia close e quanto eles apareciam mostravam que Cathy Willow tinha envelhecido. Daí, encontrar outra atriz para substituí-la. É isso mesmo. Na tv e no cinema, a atriz tem um tempo de validade. Para determinados papéis ela terá que estar em plena juiventude até os 40 anos. Aos 50 (Marg Helgenberg nasceu em 1958) são destituídas de seus papéis principais.
Eve

Um comentário:

  1. Ótimo comentário. As observações sobre a relação entre a idade da atriz e o destino da personagem revelam com muita verdade os valores da mídia, especialmente a televisiva. É uma pena.

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