segunda-feira, 1 de novembro de 2010

No ordinary family

Vi os primeiros episódios da comédia e fiquei pensando comigo. Agora compartilho com vocês.
Os anos 50 estão voltando? A família moderna tradicional, aquela que começou a se desfazer nos anos 50/60? Agora a mulher não é só a “Mulher maravilha”, mas a Superman ou a Superwoman. Nesses tempos de séries voltadas para a família e ganhadoras de Emmys como Modern Family que trata da “nova” estrutura familiar, No ordinary family se lança para trás, re-construindo a família tradicional. Na família comum atual os pais trabalham, os filhos estudam e se atritam para ser o preferido . A série que estreou na semana passada aparece representada por uma família considerada funcional, mas nem tanto. O pai é um técnico que trabalha na Polícia, porém sem possibilidade de ascender no emprego, portanto tendo horário fixo e tempo livre para chegar em casa fazer o jantar e ainda cuidar dos filhos. Enquanto a mãe tem uma carreira que deslancha e sempre atribulada com o emprego, ela não tem mais tempo para a dupla ou tripla jornada. Descontente, o pai insiste em ter uma família ideal, a mulher não só profissional, mas tomando conta da casa e conhecendo os problemas dos filhos, inclusive sendo sua confidente. No entanto ele pára no tempo e a mulher não tem tempo para ser profissional, dona-de-casa e cuidar dos filhos. Ela própria diz em uma cena que “não é sonho de nenhuma mulher trabalhar 80 horas para sustentar a casa”. Os papéis estão invertidos, mas num passe de mágica o casal volta a ser uma família tradicional como nos folhetins do séc. XIX , de forma ressignificada. Uma viagem desastrada a Amazônia (tinha que ser!) recoloca a família em seus devidos papéis. E como? O pai ganha força sobrenatural e passa a ter uma finalidade na vida - derrotar os criminosos, salvar a sociedade. A mãe ganha rapidez e consegue realizar suas pesquisas em tempo recorde e volta à tarde para cuidar da casa, conversar e ensinar os filhos e ainda tem um tempinho pela manhã ou à tarde para mostrar sua “paixão” pelo marido. Sua rapidez não muda sua rotina ( de profissional e dona de casa), mas como ela corre, tem tempo para tudo isso e inclusive ocupar-se de atividades da comunidade em que vive como qualquer mulher que vive no subúrbio. Agora, ela ganhou mais do que uma tripla jornada!
E os filhos? Também ganham poderes, a filha ouve os pensamentos dos outros ou (seria sua força, a sensibilidade, a intuição qualidade só de mulheres?) e JJ, um apático adolescente torna-se altamente inteligente, exímio perito em cálculos matemáticos.
Enfim, a família está composta dentro dos ritos e dos mitos. Todos ganharam, exceto a mãe que só perdeu. Mas só assim se poderia retornar aos princípios da família burguesa. Só com super poderes. Super heróis. Coitados!!!
Seguiremos acompanhando a série para ver no que vai dar.

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