sexta-feira, 5 de outubro de 2012

EM CENA: Sessão de terapia

Ainda não me acostumei com Theo brasileiro, acho ele mais severo do que o ator norteamericano, mas creio que com minha costumeira vida em sessões terapêuticas, me acostumarei e mais ainda ele será humanizado por mim. Segundo Fernanda Furquim, especialista em séries no Brasil, a versão brasileira só muda a cultura. Ela publicou na revista Veja Sessão de Terapia, versão brasileira da série israelense BeTipul, estreia esta noite pelo canal GNT, às 22h30. Produzida pela Moonshot Pictures, a primeira temporada tem o total de 45 episódios, que serão exibidos de segunda a sexta-feira. Criada por Hagai Levi, BeTipul se tornou rapidamente um sucesso internacional depois que a HBO produziu uma versão americana, com o título de In Treatment, já exibida no Brasil. Desde então, já foram produzidas versões para a Argentina, Canadá (em francês), Polônia, Hungria, República Checa, Holanda, Eslováquia, Sérvia, Eslovênia, Moldávia e Romênia (que estreia sua segunda temporada no dia 5 de novembro).
A grande inovação de BeTipul foi a de apresentar ao público uma hora completa de sessões de terapia. Até então, as séries de TV mostravam apenas cenas ou momentos estratégicos desse tipo de tratamento psicoterápico. Isto porque a indústria do entretenimento acreditava que o público jamais teria interesse de acompanhar uma sessão inteira, muito menos a de quatro personagens (cinco se incluir o próprio terapeuta), presos em um único ambiente onde discutem seus problemas e fobias, sem sofrer interrupções, com os rostos dos atores sendo mostrados em planos fechados na maior parte do tempo. BeTipul provou que a indústria estava errada ou que o público de hoje já estava preparado para este tipo de produção, com uma abordagem mais intimista. Tal como ocorre com as demais adaptações da série, a versão brasileira traz a mesma proposta e praticamente o mesmo texto. As mudanças são culturais. A principal delas é o personagem Breno Dantas, interpretado por Sérgio Guizé. Acho que vai ser um grande tento para o Brasil, sair daqueles melodramas estereotipados das novelas que repetem até o infinito o mesmo esquema. E nos deixa mais burros/as.

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