terça-feira, 6 de abril de 2010

ENTRE-LINHAS

De citações e de olhares sobre a narrativa

Vou comentar hoje dois episódios de duas séries investigativas, que se opõem como o crime é tratado. NCIS sempre enfocando o humor entre os componentes da equipe, sempre remete a situações que lembram filmes (citados explicitamente por Tony, principalmente) Criminal minds não tem nada de hilário e os últimos episódios estão cada vez mais sombrios. No entanto, o seqüestro e a morte da mulher de Hotchner tornou-se em um espetáculo de narrativa. A trama poderia levar a um episódio melodrático, mas a escolha de narrar pelos depoimentos dos componente da equipe, livrou o capítulo de cenas emocionais demais, embora o escuro, o sombrio da atmosfera próprios do ritmo da série tenham sido preservados. A contensão de emoções, a tensão não deixou cair no melodrama.
Vontando a NCIS o episódio (Power down) é delicioso pois o mundo em que a equipe vive inundado de tecnologia fica inoperante por falta de energia. Assim, os componentes jovens que vivem movidos a baterias e energia (rádios, ipods, computadores e telefones sem fio) comentam entre si a dificuldade de se fazer uma investigação. No entanto, tanto o chefe Gibbs, o legista Dr Mallard e a nerd dark Abby conseguem adaptar-se à falta de suas ferramentas tecnológicas e procedem a suas investigações. O risível fica com Gibbs que começa a retirar aparelhos obsoletos de sua maleta, aparelhos que ele operava antes dos anos noventa. E Abby consegue mostrar como sua personagem é inteligente, versátil e vive entre os vários nichos culturais. E passamos a assistir uma investigação à moda antiga, com pouca tecnologia e muito mais raciocínio e dedução. Lembrou-me os policiais investigativos das décadas de oitenta, noventa. Delicioso humour. Ao fim e ao cabo, quando volta a energia e a equipe cai no delírio, Gibbs desliga seu computador. (América)

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Seguidores