sábado, 20 de setembro de 2014

Em breve: Selfie

A comédia é mais uma estória “criativa”( nesta época de repaginação de tudo), baseada na peça musical My fair lady (musical de Alan Jay Lerner e música de Frederick Loewe, em 1964), que já é uma repaginação da peça teatral Pigmalião, de 1913, de George Bernard Shaw, que por sua vez fez a releitura de um trecho dos poemas das Metamorfoses de Ovidio (Sulmona, 20 de março de 43 a.C. — Constança, Romênia, 17 ou 18 d.C), que trata do mito de Pigmalião. Por sinal, José de Alencar, escritor brasileiro visitou, de maneira inversa, o mesmo mito no romance Senhora.
Pigmalião é um mito grego. Ovídio narra que Pigmalião era um escultor e rei de Chipre que se apaixonou pela estátua que esculpiu ao tentar reproduzir a mulher ideal . A deusa Afrodite, apiedando-se dessa paixão, não encontrando na ilha uma mulher que chegasse aos pés daquela que Pigmaleão esculpira, em beleza e comportamento, transformou a estátua numa mulher de carne e osso, com quem Pigmaleão se casou. Na peça de Shaw, em Londres, Henry Higgens, pessoa rica, famoso professor de fonética aposta com seu amigo Hugh Pickering que transformaria, em seis meses, uma mulher do povo em uma mulher da alta sociedade , não só em aparência como também pelo uso da linguagem padrão e algum conhecimento. Como Pigmalião ele se apaixona pelo resultado, Elisa Doolittle.
Selfie tenta reatualizar o mito desde que Elisa é uma jovem incapaz de se relacionar com as pessoas, preferindo passar o dia nas redes sociais e twiter, tendo como elas diz mais de mil seguidores. Mas sua obsessão narcisista acaba lhe trazendo problemas sérios. É então que ela vai atrás de ajuda para recuperar sua imagem pública. e busca ajuda de Henry, um especialista em marketing, que odeia até celulares, para que ele possa ensiná-la a dosar entre os relacionamentos reais e os virtuais.
A pedida é boa, visto que se instalou nas redes colocar fotos e nem mais escrever. Uma das cenas do primeiro episódio é boa, quando várias moças estão no elevador falando sobre uma personagem de um livro e Elisa pensa que estão falando dela. Criado por uma mulher Emily Kapnek e dirigido por outra, apesar de alguns excessos, parece uma boa pedida, pelo menos é uma crítica ao comportamento atual das pessoas. America

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