terça-feira, 16 de novembro de 2010

Comentário a esmo:A sérieThe defenders e outras que lidam com as leis



As séries de justiça (defesa e promotoria) voltaram com força este ano. Só nessa temporada que está, a conta gotas, aparecendo na tv fechada teremos 3, além da continuação de The good wife. The whole truth é diferente e interessante, pois o caso é visto pelos dois lados do sistema e no finalzinho independente do resultado, a audiência por algum indício tem a verdade. Não sei se a série vai em frente, é seria demais, há disputas entre os advogados de defesa e promotoria, mas também confraternização. para os nossos tempos de alegria e risos talvez seja dificil de acompanhá-la, mas me parece pelo que assisti muito boa. Outra delas é ou foi Outlaw porque já está cancelada. Também seria e questionadora. Lembrou-me de alguma forma as saudosas The practice e Boston Legal. Acho que se Outlaw encontrasse o tom de cinismo de Boston Legal ela se sairia muito bem questionando as incoerências do sistema norte-americano, Mas The defenders tem tudo para dar certo. Ironia, piadas e certo ar de comédia. Vamos ver se vai em frente.

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Comentários a esmo


Uma personagem curiosa em NCSI: LA

NCSI: Los Angeles não é uma série que acompanho, mas, assistindo algumas vezes, uma personagem chamou a atenção, Henrietta "Hetty" Lange (Linda Hunt). Ela é diretora do departamento. Parece alguém que está muito preocupada com as questões administrativas (especialmente com os custos das operações e os equipamentos). Hetty não tem o perfil que costumamos ver nas séries, mesmo quando se trata do serviço burocrático. Ela não é bonita, não é jovem, é bem pequena. Tem uma relação que fica entre a exigente diretora e a afetividade quase materna. Acho que merece uma análise.

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

ENTRE LINHAS


Família: proteção ou controle?

Se nas primeiras séries e mesmo em séries mais contemporâneas a família dos personagens, especialmente dos investigadores, não aparecia, praticamente não existia, ou quase não aparecia, parece haver agora uma nova necessidade de torná-la presente na vida do policial. Com uma intromissão muito incomum, como é o caso de Rizzoli and Isles. No primeiro episódio da série, já se revela essa presença constante da família, quando aparecem desde logo os pais, o irmão e uma referência a outro irmão. Na trama, que traz uma ameaça à detetive, todos resolvem protegê-la: sua mão inclusive resolve invadir seu apartamento para ficar com ela, enquanto o irmão e o pai estão no carro também pensando na segurança. O curioso é que ela é na família a melhor preparada para proteger os outros e, portanto, a si mesma. É uma mulher adulta, mais de trinta anos, mas a quem a família, sobretudo a mãe, trata como uma criança. Ainda nesse primeiro episódio, há uma infantilização na forma de tratamento da mãe, quando esta ralha com a filha porque quebrou o nariz brincando de basquete com o irmão. E uma amostra do controle da mãe, em outro episódio, quando ela faz com que a filha vá com ela para comprar um vestido: tipo de roupa com a qual a personagem Jane Rizzoli (detetive) se sente pouco confortável. A interferência da mãe chega ao ponto de ela marcar um encontro de Jane com um homem, sem que a mesma saiba. Como explicar este domínio da mãe sobre a filha que é tão segura na profissão, aliás uma profissão que exige uma postura mais segura e forte? Mesmo quando a família de personagens homens aparece, a participação não é essa, de exagerada proteção que entendo mais como tentativa de controle. Uma primeira leitura da questão mostra que isso pode ser explicado como uma tentativa de fazer ver que a mulher é muito frágil para a profissão de detetive ou policial e estará sempre precisando da proteção de alguém.

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Soube que Outlaw vai ser cancelada. É uma pena e ao mesmo tempo uma vergonha.
Talvez o público não queira saber, nem refletir em que sociedade nós vivemos. Mas é ruim, não querer saber dos “acordos” secretos.
O 4º0 episodio trata de uma empresa de carros que paga para não tirar de linha um carro que apresenta defeitos no seu volante e causa mortes.
É uma pena tirar do ar Outlaw, como practive porque tratava dos problemas seriamente. Talvez se a euqipe de roteiristas tivessem tratado de todos os assuntos, cinicamente, ninguém se sentiria atingido para pensar, ninguém se sentiria atigindo como marionetes em uma grande peça do gênero comédia, onde seu papel seria de bufão!
Mas a sociedade não quer pensar. Então, vamos apara as comédias rasgadas , as sitcoms que apresentam personagens como super-heróis, desculpem-me, como semi-herois. Mas o fatídico e cruel mundo real continua. E é preciso idealizá-lo, é preciso ser alegre, enquanto as coisas tristes, as tragédias acontecem. Nos juntemos aos 33 e não aos 3000 pessoas que morreram nas minas.

No ordinary family

Vi os primeiros episódios da comédia e fiquei pensando comigo. Agora compartilho com vocês.
Os anos 50 estão voltando? A família moderna tradicional, aquela que começou a se desfazer nos anos 50/60? Agora a mulher não é só a “Mulher maravilha”, mas a Superman ou a Superwoman. Nesses tempos de séries voltadas para a família e ganhadoras de Emmys como Modern Family que trata da “nova” estrutura familiar, No ordinary family se lança para trás, re-construindo a família tradicional. Na família comum atual os pais trabalham, os filhos estudam e se atritam para ser o preferido . A série que estreou na semana passada aparece representada por uma família considerada funcional, mas nem tanto. O pai é um técnico que trabalha na Polícia, porém sem possibilidade de ascender no emprego, portanto tendo horário fixo e tempo livre para chegar em casa fazer o jantar e ainda cuidar dos filhos. Enquanto a mãe tem uma carreira que deslancha e sempre atribulada com o emprego, ela não tem mais tempo para a dupla ou tripla jornada. Descontente, o pai insiste em ter uma família ideal, a mulher não só profissional, mas tomando conta da casa e conhecendo os problemas dos filhos, inclusive sendo sua confidente. No entanto ele pára no tempo e a mulher não tem tempo para ser profissional, dona-de-casa e cuidar dos filhos. Ela própria diz em uma cena que “não é sonho de nenhuma mulher trabalhar 80 horas para sustentar a casa”. Os papéis estão invertidos, mas num passe de mágica o casal volta a ser uma família tradicional como nos folhetins do séc. XIX , de forma ressignificada. Uma viagem desastrada a Amazônia (tinha que ser!) recoloca a família em seus devidos papéis. E como? O pai ganha força sobrenatural e passa a ter uma finalidade na vida - derrotar os criminosos, salvar a sociedade. A mãe ganha rapidez e consegue realizar suas pesquisas em tempo recorde e volta à tarde para cuidar da casa, conversar e ensinar os filhos e ainda tem um tempinho pela manhã ou à tarde para mostrar sua “paixão” pelo marido. Sua rapidez não muda sua rotina ( de profissional e dona de casa), mas como ela corre, tem tempo para tudo isso e inclusive ocupar-se de atividades da comunidade em que vive como qualquer mulher que vive no subúrbio. Agora, ela ganhou mais do que uma tripla jornada!
E os filhos? Também ganham poderes, a filha ouve os pensamentos dos outros ou (seria sua força, a sensibilidade, a intuição qualidade só de mulheres?) e JJ, um apático adolescente torna-se altamente inteligente, exímio perito em cálculos matemáticos.
Enfim, a família está composta dentro dos ritos e dos mitos. Todos ganharam, exceto a mãe que só perdeu. Mas só assim se poderia retornar aos princípios da família burguesa. Só com super poderes. Super heróis. Coitados!!!
Seguiremos acompanhando a série para ver no que vai dar.

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